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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A Tua Alma.

Dos teus olhos bebi a calma,
Por isso, em mim nasceram flores.
Aos tragos, bebi a tua alma,
E em mim se revoltaram os calores.

Avidamente sorvi tambem os teus doces cabelos,
E eles, como por magia e sem explicação,
Vieram em meu peito e se fizeram
Agora em fibras do meu coração.

As palavras que, em segredo, foram contadas,
Cá dentro se fizeram no aroma,
Dum retráto a oleo pintado, que a reservadas
Adorações, o meu peito jámais abandona.

O mundo, agora, é um relativo vazio,
Ele era a taça que te dei.
Nela eu te continha. Ei-la em momento tardio,
Agora que a despejei.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Falta o Só.

Sentado na doca,
vendo o tempo passar.
Agora que ela se foi embora,
nada mais para me agarrar.

Esperando por voltar
á vida, sem simpatia,
pela qual me estou a apaixonar,
neste momento sem alegria.

Ai, esta imensidão
de momentos e instantes.
Só, estou com a solidão,
companheira nestes tempos errantes.

Vivendo a vida como se ela não existisse.
Existindo eu, como se ela não fosse vida.
Se a minha solidão partisse,
dava este sentimento por uma luta vencida.

A partida de meu amor
é a chegada da minha paixão
Ontem amava, agora só a dor
me mantém vivo e com os pés no chão.

Aí, esta falta de inspiração que me mata.
Doí mas sem doer,
não é a dor que me estaca,
mas sim a falta do meu sofrer...

Desculpe Senhor.

Desculpe Senhor, mas você tem tempo?
Pois sei de sua importância e assim o reconheci.
Quero saber se é tão importante como o soprar do vento,
Tão importante que até o tempo espera por si.

A mim me pergunto, Você consegue ver?
Pois para olhar, a si o tempo não parece deixar.
E para mais não deve também conseguir ouvir o ruído do acontecer
Da vida que todos falam, e isso me deixa a pensar

No facto de Sua senhoria também não ter nem nome
nem direcção ou imagem que o deixem conhecer.
Será que o Senhor já passou fome?
Já espreitou as crianças a morrer?

Não, pois não?

Senhor de si mesmo, há sua própria vontade,
Sem respeito ao que somos sós.
Mas porque esse coração só conhece a sua própria vontade?
E assim o vejo também mudo, pois ninguém nunca ouviu a sua voz.

Mas desculpe Senhor, não será seu o petróleo
que mata certamente estes seres destas costas?
Ou será apenas uma miragem cega do meu ódio,
Que coloca no Senhor a razão destas provas?