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quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Olá
Aqui em Lisboa a vida
passa como vendavais
á espreita da despedida.
Aqui tudo o que é sagrado,
provem da juventude.
Que em nossas vidas é um agrado,
sentir tamanha plenitude.
só, ninguém gosta de estar,
a vida toda desejando,
a seu tempo encontrar,
a resposta que estamos procurando.
Como aí o tempo passará,
aí nessa terra distante?
Será que aí se encontrará,
a tal razão constante?
De sentir a distância,
de tudo aquilo que procuramos,
há muito desde a infância,
mas que nem sempre encontramos?
domingo, 17 de outubro de 2010
Um dia acordei assustado,
pensei que o que sonhei era mentira,
e nunca passara de um sonho frustrado,
pela verdade inegável de alguém que nunca vira.
Sonhei que o céu se escondia sobre um manto escuro,
como breu, e a brisa era gelada,
como o puro gelo. Sonhei que já não procuro
mais. E aquela vontade estava domada.
Vontade de ser quem sou e partilhar
a minha felicidade. E pensar que agora
não podia mais ver o sol brilhar
novamente. Tudo isto até aquela hora,
em que o vento uivava forte
contra a barreira erguida
pelo meu débil coração,sem sorte,
lutava sozinho, pela minha vida perdida.
Mas lá longe algo brilhava, insistentemente
sem parar. De lá vinha vida, esperança,
força e apoio para enfrentar este dissidente
que a vida me deixou como herança
de uma luta perdida,
para um impensável adversário.
Que era já á partida.
Condenada no seu prólogo diário.
Essa luz brilhante como o sol,
cantava para mim,afinava
o meu coração numa nota que soava a MI Bemol.
E compunha o verso de uma canção que me animava.
Entre as suas maravilhosas quadras,
soava levemente um riso cristalino
fazia-me vibrar, e até ás pedras
simples, dar um grande destino
Para seguir lentamente, e eu a correr
cantando e dançando nessa alegre viagem
tão longa mas tão breve. E assim a viver
lá estava eu de novo há procura desse alguém,
que afastou as nuvens negras,
calou e aqueceu a brisa gritante.
Tudo isto com as suas belas quadras,
fez o sol brilhar num instante.
E assim terminou a minha divagação,
de uma verdade constante,
relativa de um sentimento sem comparação,
com nada que antes fora tão importante.
desde o dia em que nasci.
Num sono profundo, adormecido,
até ao dia em que te conheci.
Deste a volta ao meu mundo.
Acredita não estou a brincar.
Penso em ti a cada segundo.
Tão difícil fazer-te acreditar.
Veis-te dentro do meu coração aberto,
alivias-te o meu sofrimento.
Tu estas tão longe. Tão longe, mas perto,
sempre no meu pensamento.
Sozinho andava eu quando compreendi:
Tu e Eu, na mesma direcção.
Nada será o mesmo. Foi o que senti.
Juntos faremos um nação.
Vem viver no meu deserto,
alegrar a minha canção.
Estás tão longe, mas tão perto.
Tão afastada.E tão próxima do meu coração.
Dor
sem saberes falar
já caíste no fundo
sem ninguém para te ajudar
estrafégas numa amarga agonia
desfrutas da solidão
e contigo a dor por companhia
por essa companheira há essa paixão
maior que os céus e a própria terra
sem ela não sabes pensar
na verdade que ela encerra
e das contigo a lutar
lutar por uma dor nova
um sofrimento recente
tudo pela prova
de uma dor repetente
numa alma julgado por quem
sente a dor como uma amiga
para ti seria a irmã de alguém
no entanto tu és a formiga
que foge para o desconhecido
em busca de dor por salvação
desejando ter já morrido
perante encarar a razão
consomes-te com voracidade
com medo de morrer
para ti sofrer e uma felicidade
porque não queres viver?
já estas morto
mas sentes que queres sofrer
então em sofrimento ficas absorto
para ti viver sem dor é melhor morrer.
Não quero ser bruto
Sou apenas mais um leigo
Que procura a arvore e o seu fruto
Eu tentei esconder mas não fui capaz
tentei matar a sede e não consegui
procurei ser apenas mais um rapaz
enriqueci com tudo o que vivi
Todos tentam ser diferentes tentando imitar outros que foram originais eu á não sou desse tipo nao quero ser mais uniformisado com a farda de alguem que nem imagina quem eu sou
Filho, ela disse
Tenho uma historiazinha para ti
O que tu pensavas ser o teu pai
Não era nada além de um...
Enquanto tu estavas sentado
Sozinho em casa aos treze anos de idade
Teu verdadeiro pai estava a morrer
Sinto muito por tu não tê-lo visto
Mas estou satisfeita por conversarmos...
Eu, Eu ainda estou vivo
Ei, Eu, Eu, Eu ainda estou vivo
Ei Eu, Eu ainda estou vivo
Ei...
ela caminha devagar
Pelo quarto de um jovem
Ela disse estou pronta... para ti
Não consigo lembrar-me de nada
Nada até este exacto dia
Excepto o olhar, o olhar
Tu sabes onde
Agora não consigo ver, apenas encaro
Eu, Eu ainda estou vivo
Ei eu, mas, eu ainda estou vivo
Ei Eu, Chavalo, Eu ainda estou vivo
Ei, Eu, Eu ainda estou vivo, sim
Oh sim... Sim sim sim ...
Há algo de errado comigo? ela disse
É claro que há, tu ainda estás viva
Ela disse oh, e eu mereço estar?
É essa a questão?
E se for... se for
Quem responde?
Quem responde?
Eu, Eu ainda estou vivo
Sou EU
Não quero ser bruto
Sou apenas mais um leigo
Que procura a árvore e o seu fruto
Eu tentei esconder mas não fui capaz
tentei matar a sede e não consegui
procurei ser apenas mais um rapaz
enriqueci com tudo o que vivi
Todos tentam ser diferentes tentando imitar outros que foram originais eu á não sou desse tipo nao quero ser mais uniformizado com a farda de alguém que nem imagina quem eu sou
Disse Fernando Pessoa um dia também amou mas no entanto repreendeu o seu eu por equiparar alguém a si mesmo. Ou seja , se não amar-mos ninguém, iremos sempre amar-nos a nos mesmos.
Mas porque ele é tão assim cruel?
Bem, se calhar não é o mundo. Talvez possa ser apenas as características da civilização.
O Homem foi feito para ser nómada, mas devido as escassas fontes de alimento, este decidiu
criar uma sociedade. Erigiu aquilo que seria o paraíso social, mas no entanto essa ideia foi-se desvanecendo, pois era necessário um líder incorruptível para que a civilização fosse perfeita. No entanto essa ideia subsistiu através dos tempos.