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domingo, 17 de outubro de 2010

Um dia acordei assustado,

pensei que o que sonhei era mentira,

e nunca passara de um sonho frustrado,

pela verdade inegável de alguém que nunca vira.


Sonhei que o céu se escondia sobre um manto escuro,

como breu, e a brisa era gelada,

como o puro gelo. Sonhei que já não procuro

mais. E aquela vontade estava domada.


Vontade de ser quem sou e partilhar

a minha felicidade. E pensar que agora

não podia mais ver o sol brilhar

novamente. Tudo isto até aquela hora,


em que o vento uivava forte

contra a barreira erguida

pelo meu débil coração,sem sorte,

lutava sozinho, pela minha vida perdida.


Mas lá longe algo brilhava, insistentemente

sem parar. De lá vinha vida, esperança,

força e apoio para enfrentar este dissidente

que a vida me deixou como herança


de uma luta perdida,

para um impensável adversário.

Que era já á partida.

Condenada no seu prólogo diário.



Essa luz brilhante como o sol,

cantava para mim,afinava

o meu coração numa nota que soava a MI Bemol.

E compunha o verso de uma canção que me animava.


Entre as suas maravilhosas quadras,

soava levemente um riso cristalino

fazia-me vibrar, e até ás pedras

simples, dar um grande destino


Para seguir lentamente, e eu a correr

cantando e dançando nessa alegre viagem

tão longa mas tão breve. E assim a viver

lá estava eu de novo há procura desse alguém,


que afastou as nuvens negras,

calou e aqueceu a brisa gritante.

Tudo isto com as suas belas quadras,

fez o sol brilhar num instante.


E assim terminou a minha divagação,

de uma verdade constante,

relativa de um sentimento sem comparação,

com nada que antes fora tão importante.

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