Um dia acordei assustado,
pensei que o que sonhei era mentira,
e nunca passara de um sonho frustrado,
pela verdade inegável de alguém que nunca vira.
Sonhei que o céu se escondia sobre um manto escuro,
como breu, e a brisa era gelada,
como o puro gelo. Sonhei que já não procuro
mais. E aquela vontade estava domada.
Vontade de ser quem sou e partilhar
a minha felicidade. E pensar que agora
não podia mais ver o sol brilhar
novamente. Tudo isto até aquela hora,
em que o vento uivava forte
contra a barreira erguida
pelo meu débil coração,sem sorte,
lutava sozinho, pela minha vida perdida.
Mas lá longe algo brilhava, insistentemente
sem parar. De lá vinha vida, esperança,
força e apoio para enfrentar este dissidente
que a vida me deixou como herança
de uma luta perdida,
para um impensável adversário.
Que era já á partida.
Condenada no seu prólogo diário.
Essa luz brilhante como o sol,
cantava para mim,afinava
o meu coração numa nota que soava a MI Bemol.
E compunha o verso de uma canção que me animava.
Entre as suas maravilhosas quadras,
soava levemente um riso cristalino
fazia-me vibrar, e até ás pedras
simples, dar um grande destino
Para seguir lentamente, e eu a correr
cantando e dançando nessa alegre viagem
tão longa mas tão breve. E assim a viver
lá estava eu de novo há procura desse alguém,
que afastou as nuvens negras,
calou e aqueceu a brisa gritante.
Tudo isto com as suas belas quadras,
fez o sol brilhar num instante.
E assim terminou a minha divagação,
de uma verdade constante,
relativa de um sentimento sem comparação,
com nada que antes fora tão importante.
Sem comentários:
Enviar um comentário