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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ministrando a palavra

Sim, eu vejo essa linha.
Pois estou na sua lista de sorte
espero enquanto tudo definha
fico então estagnado a espera da morte

enquanto assisto a este serão apocaliptico,
de maos atadas pela inercia retumbante
agonio na espera por um ansiolitico
enixestente nesta vida frustrante

até ao dia que em frente da t.v. me sento
e espero com ela aprender o ser da justiça
mas nao me consigo programar. quanto mais me tento
menos me iludo, serão meus ouvidos de cortiça?

até que senti a sua justiça....

Senti o tempo mudar esta tarde
tudo se tornou frio e agreste
quando falou sua sentença como um padre
que reza seu sermão, deixando a razão tão a léste

Uma opinião sem vontade
ele expressa a falsa realidade
cobrindo-se na farça de sua vontade
Profetiza esperança, mas so ve sua magnaminade

È pena viver neste mundo de dor
medicado pela sua doença
sem diagnostico, preto e a cor
da pintura que oculta a sua verdadeira crença

Jurando a bandeiras desirmanadas
unidas pela animizade mundial
Fazem rir a bandeiras despregadas
que falseiam o contrato cordial

da mentira do seu socialismo
racionando eternamente a mentira mais dura
escondendo a luta pelo seu capitalismo
organizando a aceitação desta nova ditadura

Mas quem é o homem que pede fé
com o demonio sentado no seu ombro?
entao como se manterá esta sociedade de pé?
Quando ninguem luta para abandonar este esconbro?

Ministro vem do verbo ministrar
que é sinonimo de servir
mas então porque razao escravizar
este povo que esta tão prestes a cair?

Sera de um milagre que espera?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Poétando

Então eu era o poéta,
que escolhia palavras dos sentimentos.
dava-me à vida, como quem se empresta
a um momento silencioso e sem tormentos.

Nasce uma criança,
começa uma hestória,
morre a lembrânça,
passa-se à hestória.

Estar aqui, não é o mesmo que estar lá.
Mas é, ir daqui ali, sem passar por além...
Viver, devia ser contar estrelas, para saber quantas há.
Ver o leito de um rio banhando as sua ingremes márgens,
cobertas de erva, arbustos e silvas replétas de vágens
saborosas e frescas. O rio vem de lá
até si, nele se percute o sol, o Febo Trovante
de todos os dias encontrádos, que assim passaram já.

Armónicamente chilreiam áves,
verdadeiros Anjos no espáço celéste.
Nas suas garras trazem chaves,
para abrirem os portões da vida no campo mais agréste.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Barcassa

Um barco há deriva,
neste mar sem...
outra navegação, que derive
de um porto mais além...


embarcação pré-destinada
ao final prepositado e, derradeiro.
prestigiada nave, mal-fadada,
que abriga o Homem, que a esculpio em naval estaleiro.


dentro dela a vida segue.
por mais que se trabalhe, nada se consegue.
O Almirante da grande barcassa,
grita, sinaliza e impõe, que um barco celestial nos persegue.


Mas eu, no interior da barca,
questiono o mordomo, que de filosofo vestido,
me responde: "Aqui a intelegencia e parca.
deste barco, qualquer um se quer evadido"


para mim, o que nos segue nos ceus,
são nuvens fugazes...
são filhas da agua, e agora cobrem o ar, em véus
alvos e calmos e, inspiram a poesia dos mais aúdazes.


A minha camisa tem botões de mola,
desaperto-a... tiro a cartola e esqueço a pistola.
aproximo-me da borda d'água, pedindo de peito nu, a liberdade por esmola.
olho o mar revolto e temeroso,
que traz o sal numa aragem purificadora,
nasce no meu peito nu, um amor fervoroso
pela mãe das ondasda metáfora.


escrever o mundo numa folha de papel,
já nada é belo, nem iluminante.
impossivel entender o significado desta torre de babel,
fáz de mim um ser pensado, num ser errante.


vai!
dizem, aqueles que se dizem sabios ser.
sabios, homens que dizem;
homens que escolheram; homens que te mandaram
a ti, servil ser, como um págem.
homens que definem quem é bom;quem é mau.
são eles que nos dizem quem nós somos,
sao eles que nos dizem para assim perecer-mos nesta Náu.
Homens que nos compram, e vendem sem preço nem apreço...
Homens que à bord'água me vêm enquanto me descalço...

Homem era aquele que me deu um Deus
Humana, foi a espécie que, liberdade sobre mim, aos demónios autorgou,
Quando o solo fértil não bastava, foi num banco que me sentaram , o dos Réus...

Homem que se exalta,
enquanto salto com os pés.
Barcaça, sei que não te faço falta,
Não me sigas, agora que livre abandono o teu convés.

Nu, subo ao céu,
livre, sem prisões,
de corpo ao léu,
sigo, rumo ao fim destas divagações.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A Tua Alma.

Dos teus olhos bebi a calma,
Por isso, em mim nasceram flores.
Aos tragos, bebi a tua alma,
E em mim se revoltaram os calores.

Avidamente sorvi tambem os teus doces cabelos,
E eles, como por magia e sem explicação,
Vieram em meu peito e se fizeram
Agora em fibras do meu coração.

As palavras que, em segredo, foram contadas,
Cá dentro se fizeram no aroma,
Dum retráto a oleo pintado, que a reservadas
Adorações, o meu peito jámais abandona.

O mundo, agora, é um relativo vazio,
Ele era a taça que te dei.
Nela eu te continha. Ei-la em momento tardio,
Agora que a despejei.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Falta o Só.

Sentado na doca,
vendo o tempo passar.
Agora que ela se foi embora,
nada mais para me agarrar.

Esperando por voltar
á vida, sem simpatia,
pela qual me estou a apaixonar,
neste momento sem alegria.

Ai, esta imensidão
de momentos e instantes.
Só, estou com a solidão,
companheira nestes tempos errantes.

Vivendo a vida como se ela não existisse.
Existindo eu, como se ela não fosse vida.
Se a minha solidão partisse,
dava este sentimento por uma luta vencida.

A partida de meu amor
é a chegada da minha paixão
Ontem amava, agora só a dor
me mantém vivo e com os pés no chão.

Aí, esta falta de inspiração que me mata.
Doí mas sem doer,
não é a dor que me estaca,
mas sim a falta do meu sofrer...

Desculpe Senhor.

Desculpe Senhor, mas você tem tempo?
Pois sei de sua importância e assim o reconheci.
Quero saber se é tão importante como o soprar do vento,
Tão importante que até o tempo espera por si.

A mim me pergunto, Você consegue ver?
Pois para olhar, a si o tempo não parece deixar.
E para mais não deve também conseguir ouvir o ruído do acontecer
Da vida que todos falam, e isso me deixa a pensar

No facto de Sua senhoria também não ter nem nome
nem direcção ou imagem que o deixem conhecer.
Será que o Senhor já passou fome?
Já espreitou as crianças a morrer?

Não, pois não?

Senhor de si mesmo, há sua própria vontade,
Sem respeito ao que somos sós.
Mas porque esse coração só conhece a sua própria vontade?
E assim o vejo também mudo, pois ninguém nunca ouviu a sua voz.

Mas desculpe Senhor, não será seu o petróleo
que mata certamente estes seres destas costas?
Ou será apenas uma miragem cega do meu ódio,
Que coloca no Senhor a razão destas provas?

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Falar

Dizes-me em que foste pensar?
Em que sentis-te teu coração?
Era quente sem ter de descongelar?
Como a qualquer outra paixão

Eu aluguei o meu coração,
Como alguém aluga uma casa a um desconhecido.
Agora entra e decora a recordação
De outros tempos que já tenhas esquecido.

Para mim que desta casa sou senhorio
O preço que cobro é a felicidade
Para que nunca mais habites nesse lugar sombrio
Que alguém te fez sentir como tua, essa herdade

Sei quem sou, sempre quis jogar,
Mas nunca quis perder, sempre quis ir,
Sem nunca querer para sempre abalar
Mas fui quem falou e tu não quiseste ouvir.

Que disse?

Houve em tempos passados
Quando a minha querida
esteve em meus braços
reflectia uma nuvem esbranquiçada

Que ninguém via, se não apenas meu coração.
Mas no entanto ele batia
Então, mas o amor segue noutra direcção?
Lembra-te do passado em que já se fazia

Sentir a presença desse pensamento.
E agora sei quando me atingio
o coração com esse encantamento
Tão belo brilhante, embora falso e tão sombrio.

Ela ri da minha tristeza
Vive por uma falsa felicidade
Sentirá uma enorme surpresa
Ao compreender a sua verdadeira realidade

De sua vida injusta
Que ela ainda a escolhe mas incerta
Do que faz, não consegue saber o quanto custa
A factura da verdade que tanto a aperta

No intimo do seu pequeno coração
Seu amor é cego, sem sentido
Procura encontrar no escuro a razão.
Do seu viver, do seu amar, o porquê de ter existido

Sem explicação me deixas-te, em pensar
Do que fomos capazes
De juntos um dia partilhar
o motivo para nunca mais fazer-mos as pazes.